15.2.11

Às vezes o invisível está diante do nariz
Murmurando pra você
O caminho de ser feliz.
E quem disse que eu não tento ?

Acorda, levanta, corre, volta
Deita, dorme, sonha, morre.
Pareço legal mas
roubo brigadeiro antes do parabéns
não digo amém
bebo antes do meio dia
sigo na contramão do vaivém

14.2.11

Já vivi aquele último dia muitas vezes
na memória
na imaginação
com razão
e coração
Falando com amigos
Cochichando só comigo.
Que a chuva lave meus cortes,
as palavras que guardei,
os silêncios que rasguei.
Que a chuva me ensine
a falar com cuidado,
a calar demorado.
O coração é repetente na matéria do amor.
Decora poemas
Canta músicas
Dança no escuro do quarto
E volta a dormir sozinho.
Olhando aquela foto
Tudo que eu sentia está
borrado, amarelado,
com cara de ontem.