20.5.09


Hoje aconteceu uma coisa muito legal: no meio das contas do mês, das malas-diretas-chatas, do cartãozinho da pizzaria e do homem que conserta encanamentos eu recebi uma carta de um amigo. É isso mesmo: uma "Carta". Escrita mesmo, sabe? Ele recortou, tirou cópia, escreveu na frente, no verso e mandou pelo correio. Tem a letra da pessoa, o envelope que ele escolheu, o selo e tudo mais. Que delícia! Ele mandou a introdução do novo livro do escritor inglês Nick Hornby. Giba, você é o máximo!

“No início da minha carreira literária, escrevi resenhas sobres muitas ficções, mas eu tinha que fingir, como todo crítico, que eu havia lido os livros fora do espaço, do tempo e do self; ou seja, tive de fingir que não os tinha lido quando estava cansado ou irritado, ou bêbado, que não senti inveja do autor, que eu não fazia mais nada da vida, que não tinha estética, gosto ou problemas pessoais, que eu não havia lido outras críticas do mesmo livro, que eu desconhecia os amigos e os inimigos do autor. (...) eu teria a liberdade de confessar, se fosse o caso, que minha relação com o livro tinha sido afetada pela atmosfera, pelo meu estado de espírito, pelos meus níveis de concentração, pelas condições climáticas ou por alguma coisa que tivesse acontecido aqui em casa” Nick Hornby. Introdução Frenesi Polissilábico.

E pra quem não conhece... nós recomendamos Hornby na cabeceira!Comece com Alta Fidelidade, clássico!!!

Um comentário:

  1. Nossa, chegou super rápido! Coloquei ontem a tarde no correio, demorou menos de um dia. Cartinhas são tudo de bom né? Esse novo livro do Hornby nem é bem um livro, conforme te escrevi, mas sim uma compilação das colunas dele para uma revista de literatura. O que eu curti mesmo foi essa introdução que te enviei! Apesar de que o livro em si tem uma passagens bastante hilárias hehe. Beijo!

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